Buscando o Reino de Deus


Diz o professor á estudiosa senhora, habitada a meditações evangélicas:


- Um ensinamento de Jesus Cristo cuja realização, segundo penso, muito haveria de contribuir para selecionar os problemas humanos é aquele em que, no formoso e substancial sermão da montanha ele diz: “Buscai primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas”.

Não obstante, esta minha convicção, professor, eu gostaria que o senhor me dissesse algo sobre esse mandamento, que me parece mais importante.

- Direi, com satisfação, o que estiver  ao meu alcance. Estou de pleno acordo com o seu parecer, minha senhora, no que concerne á relevância desse mandamento. Tenho para mim que nele esta encerrada a chave que abrira a porta do triunfo a quem souber manejá-la. “Buscai o reino de Deus e a sua justiça” significa, a meu ver, pautar a vida cotidiana, quanto possível, pelas normas cristãs.

- No entanto, esse procedimento nem sempre é bem sucedido.

- Quem assim precede, apresenta-se com as credencias que o recomendam á amizade das pessoas de bem e haverá de colher o feliz resultado desse comportamento, por mais desagrestes se lhe deparem os obstáculos a enfrentar.

- Tenho observado, porem, que os maus costumam tripular sobre a paciência, a bondade e a boa fé dos que buscam por em pratica os postulados cristãos. Que me diz isso, professor?

- Convém notar, minha senhora, que o mundo dos homens esta subordinado aos altíssimos desígnios do onipotente, cujas leis perfeitas, soberanas e inexoráveis corrigem todos os erros e desvio – donde a segurança de que jamais ficara desamparado quem se abriga sob o reino de Deus e a sua justiça.

- Também penso como o senhor. Mas, observo que  os inescrupulosos, na ânsia de vencer a qualquer preço, não raro atropelam e prejudicam os que agem normalmente, em obediência aos preceitos cristãos, criando-lhes, por vezes, situações muito desfavoráveis.

- Quem pensa e age com verdadeiro espírito cristão, numa poderá desalentar-se ou desesperar-se sob o impacto das contingências adversas, pois haverá de nutrir sempre a esperança de melhores dias, que a providencia divina reserva aos sinceros e bem intencionados. Além disso, o cristão não esta impedindo de se defender serenamente, pelos meios normais e dignos, das arremetidas do mal.

- Como acha o senhor que os acréscimos passam vir ao nosso encontro?

- Penso que basta cumprir as leis divinas estampadas no evangelho cristão para que estejamos buscando o reino de Deus e, portanto, fazendo jus a que os acréscimos venham ao nosso encontro.

- Sem nenhum esforço de nossa parte?

- Ás vezes, ate mesmo espontaneamente. E isso porque  o esforço já fora efetuado em forma indireta isto é, encaminhando nossa vida em harmonia com os ditames das leis eternas.

- Compreendi bem, professor.

- Assim fazendo, não precisamos viver excessivamente preocupados com os acréscimos, de vez que estes, mais cedo ou mais tarde, de uma forma ou de outra, poderão caminhar para nós, como procedimento, em consonância com os mais elevados código de moral.

- Essa nobre atitude parece, alias enquadrar-se também no provérbio egípcio: “Enfrenta o sol e as sombras cairão atrás de ti!”.

- Realmente. Há alguma semelhança entre esse aforismo e o referido mandamento cristão.

- Por outro lado , os que só pensam na posse dos acréscimos, lutam desesperadamente, gastam demasiado a saúde e as energias e, por isso mesmo, envelhecem, adoecem e morrem depressa, sem jamais conhecer a paz e a felicidade que só o reino de Deus e a justiça proporcionam. Não é verdade, professor?

- Exatamente. Os que vivem correndo em busca dos acréscimos, inteiramente alheios ao reino de Deus e a sua justiça, porque de todo absorvidos e engolfados nas competições (nem sempre leais)- esses, no geral, terminam os seus dias sem realizar a principal finalidade de sua vida e, muitas vezes, perdem não apenas o ensejo de conseguir sua evolução espiritual, mas também os próprios acréscimos que, com ansiedade, perseguiram, resultando tudo, afinal, numa corrida vã para o mundo das ilusões ou das conquistas efêmeras.

- E ainda há casos daqueles que, na sofreguidão de conquistar bens materiais cometem indignidades. Conseguem, ás vezes, por esse meio escuso, grande riqueza econômico e social, mas “vendendo a alma do diabo”, como se acostuma dizer,ou seja, mediante a anulação do seu caráter!

- A propósito, convém termos em vistas o conselho de La Rochefoucault: - “A gloria dos homens deve ser medida pelos meios de que se utilizarem para obtê-la”.  




Extraído de:

Jornal Verologia

Edição XXXIII Nº 445 e 446
Artigo referente a Janeiro e Fevereiro de 2010


 

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