Dias 2 de novembro é data consagrada aos mortos: o “dia de finados”.
Esse culto é uma tradição que remonta aos povos mais primitivos. Na antiguidade, era associado aos ritos da fertilidade, ou seja, os finados, como as sementes, eram enterrados com vista a um novo nascimento, uma nova vida. Os romanos visitavam os túmulos e homenageavam seus antepassados. Na atualidade, esse dia representa uma atenção toda especial, com o profundo afeto e respeito para com os falecidos.
A morte é a única certeza que temos nesse mundo. Entretanto, esse acontecimento inevitável provoca sempre em grande impacto, que será tanto mais forte e desesperador quanto maior for nossa falta de conhecimentos espirituais nosso descuido em relação á vida eterna.
O materialismo que domina o mundo atual, com seus apelos e seus ilusões, nos afasta de nossa essência. O homem, tolamente, desperdiça seu tempo, lutando pelas coisas efêmeras e deixando de cultivar seu espírito, imortal e eterno, o bem maior com que o pai nos agraciou.
Jesus Cristo nos diz: “Que aproveitará o homem, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma, ou o que dará homem em troca de sua vida?”
O “dia de finados” nos leva a refletir sobre o sentido da vida: Deus, em sua perfeita sabedoria, não poderia criar o ser humano, dotá-lo de elevadas prerrogativas espirituais, para tudo acabar com a morte. Assim, diante da tristeza e de saudades causadas pelo falecimento de nossos entes queridos, não desanimamos, pois sabemos que a vida é eterna e a morte é apenas um passagem para a outra margem do rio de nossa existência.
Quando seguimos um verdadeiro caminho evolutivo, estudando, compreendendo e praticando os ensinamentos de sabedoria suprema, sobretudo os de Jesus Cristo, mudamos nossas atividades matérias e espirituais, sem negligenciar nenhuma delas. Nunca abandonamos nosso mundo interior, o verdadeiro sustento da vida do ser humano, pois e o espírito fortalecido que dá a coragem para enfrentarmos e resolvermos as experiências difíceis e é nele que se encontram as fontes da paz e da felicidade permanentes.
A realização do processo e evolução ativa e consciente constitui uma bagagem de tesouro espiritual que torna nossa vida mais completa, mais consistente e muito mais bem aproveitada. E sabemos que tal riqueza, incorporada ao nosso mundo interno, nunca será destruída, perdia ou roubada, pelo contrário, é um bem que nos acompanhará por toda a eternidade.
Nosso mestre Cristófilo Nageo nos ensina: “Visto que estas de passagem por este mundo terreno, a fim de te preparares para chegar ao teu destino, precisas capacitar-te, o mais depressa possível, para conseguires uma boa situação em teu mundo definitivo”.
Extraído de:
Jornal Verologia
Edição XXXIV Nº 431 e 432
Artigo referente a Novembro e Dezembro de 2008