Conviver em Harmonia

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Dentro da nossa escola, onde todos procuram compreender e por em prática os ensinamentos dos grandes mestres de sabedoria suprema, fica mais fácil conviver em harmonia. O ambiente verológico é bem diferente dos ambientes comuns. Aqui, não pretendemos impor o nosso ponto de vista, mas buscamos enxergar o mundo com outra ótica: a do amoré do altruísmo;

não julgamos as atitudes e as palavras porque aprendemos que só Deus tem esse direito; preocupamo-nos em vivenciar os nossos conhecimentos e, assim, vibramos no mesmo tom. Todos nós estamos procurando uma sintonia maior com Deus, o que nos afasta das baixas paixões, do egoísmo, da fraqueza mental que acorrenta tantos seres humanos ás suas próprias debilidades.

A irritabilidade é uma característica inerente a muitos seres humanos, ficando mais evidente quando são contrariados em suas opiniões, quando acham que alguma coisa esta errada ou quando acontece algo fora de suas expectativas.

Face a essa ou a qualquer outra situação, há no geral, dois caminhos a seguir: a porta larga ou a porta estreita. A porta larga é preferida pela grande parte das pessoas, porque não requer trabalho. É quando reagimos de forma egoísta, violenta e descontrolada diante de nossas dificuldades. Agimos precipitadamente, não examinamos a situação com clareza e nos achamos donos da razão. A porta estreita, pouco comum a grande maioria dos seres humanos, consiste em controlar nossos impulsos, medir as nossas atitudes e ponderar as nossas palavras. Significa não agir ao sabor das circunstancias e ficar sempre atentos ás nossas próprias reações, que denotam nosso estado evolutivo. Essa atitude, além de evitar conflitos e aborrecimentos maiores, é mágica, pois tem o poder de transformar algo que parece danoso em uma experiência rica e transformadora.

No mundo atual, a grande maioria das pessoas se afastou dos princípios morais e a ignorância espiritual impera. Assistimos a banalização da violência, onde brigas, discussões e desentendimentos, frequentemente, tem desfechos lamentáveis.

Existe um provérbio de Salomão que diz: “A resposta branca desvia o furor, mas a palavra dura excita à ira”. A causa do furor, da ira e das palavras duras é, sobretudo, o domínio que os pensamentos inferiores estão exercendo sobre as pessoas, fazendo-as agir de maneira descontrolada e violenta. Sabemos que os nossos atos são a concretização de nossos pensamentos e sentimentos. Portanto, aquele que tem pensamentos inferiores, consequentemente, age de maneira precipitada e acaba se equivocando.

Só um verdadeiro trabalho de renovação psicológica é que torna possível conviver em harmonia, porque renovamos a nossa mente e nossos pensamentos. Só abandonando defeitos e cultivando virtudes é que construiremos e manteremos boas relações humanas, sem conflito e sem discórdia, mesmo que não concordemos de, á confiança em Deus, á compreensão e vivencia da verdade essencial.

Passamos, então, a conhecer e desenvolver as manifestações espirituais, sem as quais as relações humanas – Sejam de que tipo forem – estão fadadas ao fracasso. São elas: a humildade verdadeira, a cordialidade, a energia serena, o respeito mútuo e o perdão.

A humildade verdadeira é a que leva a criatura humana a libertar-se da vaidade de egoísmo, do comodismo e do preconceito, fazendo-a no próximo e não apenas em si mesma e em suas próprias razões.

A energia serena: é a maior prova de poder e de força, pois demonstra o autocontrole daquele que é capaz de defender-se dos ataques do mal, sem precisar usar nenhum tipo de violência.

A cordialidade nos leva a observar que cada um tem o seu temperamento e, longe de pretender modificar o próximo, procura conviver da melhor maneira possível. Não esquecendo que ninguém é perfeito, devemos ter compreensão e tolerância como gostaríamos que tivessem conosco. É, portanto, o amor ao próximo colocado em prática.

O respeito mútuo nos ensina a não termos maus pensamentos em relação aos outros. Esses maus pensamentos geram prevenções e hostilidades, levando-nos a imaginar más intenções que, muitas vezes, nem existem.

O perdão é fundamental, pois, quem não perdoa os erros e as faltas de seus semelhantes não poderá ser perdoado de seus próprios erros.

Tenhamos sempre em mente as palavras apostolado Paulo: “Se for possível, tanto quanto depender de vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis uns, a vós mesmos, ó caríssimos, mas dai lugar à ira, porque está escrito: A mim me pertence a vingança, eu retribuirei, diz o senhor. Antes , se o teu inimigo tem fome, dá-lhe de comer; se tem sede, dá-lhe de beber, porque fazendo isto, amontoaras brasa vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal como o bem .






Extraído de:

Jornal Verologia

Edição XXVIII Nº 355 e 356
Artigo referente a Julho e Agosto de 2002