Sempre soube admirar as pessoas com grandes virtudes, cresci com um pensamento que meu pai, na sua humildade, me dizia sempre: “ Quem não vive para servir, não serve pra viver.”
Somente após o meu ingresso na Verologia, pude avaliar e entender, realmente, algumas virtudes vistas por um outro prisma, em épocas anteriores.
Com a ajuda de nossa fraternidade, passei a compreender melhor muitas coisas da vida, inclusive que “ser bom não é ser bobo”, conforme nos orienta nosso mestre Cristófilo Nageo. Antes, eu achava que a bondade era latente ao ser humano e que a sua obrigação era ser bom incondicionalmente.
O método verológico me ensinou que a bondade tem limite, isto é, só se ajuda quem quer ser ajudado, precisa e merece, com o objetivo de melhorar a sua vida, de alguma forma. Caso contrário, torna-se um ato comum, que se apaga com o tempo.
Algumas pessoas fazem caridade, somente para livrar-se d pessoa que quer ajuda. Nesse caso, só as leis eternas podem julgar.
Cristófilo Nageo nos adverte: “Todas as virtudes, quando exageradas, podem transformar-se em defeito”.
Amar o próximo é dever de todos nós; ajudar é direito que cada um deve analisar de acordo com as suas possibilidades. É preciso dosar a nossa ajuda para não exagerarmos, ocupando-nos demasiadamente com os outros a ponto de prejudicar as nossas atividades e até a nossa evolução. Além disso, aquele que é beneficiado não deve agradecer exageradamente, falando, sempre, no beneficio recebido. É claro que devemos ser gratos, retribuindo, logo que possível, sendo uteis à vida do nosso irmão.
Finalizo com outro ensinamento do nosso mestre Cristófilo Nageo que diz: “A paciência é uma virtude, mas deve ser usada com inteligência e não exageradamente, sob pena de transformar-se em defeito igual ou talvez pior que a impaciência”.
Extraído de:
Jornal Verologia
Edição XXIX Nº 365 e 366
Artigo referente a Maio e Junho 2003