Nosso corpo físico possui cinco sentidos: Visão, Audição, Tato, Paladar e Olfato. E é, através desses sentidos, que nos relacionamos com o mundo material. Essa é a roupagem que limita as ações do homem em razão das carências ou necessidades que vão surgindo e influenciando, fortemente, o seu comportamento.
Quando meditamos sobre os altos Ensinamentos recebidos em nossa Escola e esvaziamos nosso Órgão Mental, entramos num silêncio físico-mental-emocional e podemos sentir que, realmente, temos uma partícula de Deus na constituição do nosso Ser. Temos um corpo físico cheio de carências e necessidades, mas somos uma Partícula Espiritual em Evolução a animar tal corpo físico, sendo certo que tais carências ou necessidades, – essa roupagem pesada –, nos leva, em muitas ocasiões, ao cometimento de transgressões às Leis Eternas, o que causa um certo desequilíbrio na harmonia do Universo. Em consequência, o que acontece, mais cedo ou mais tarde, é que as próprias Leis Eternas reequilibram a Harmonia do Todo, submetendo o transgressor a experiências, mais ou menos fortes, o que acarreta em sofrimento.
Em verdade, nosso corpo físico não é um castigo para o espírito, mas sim um elemento a oferecer resistência, dificuldades, tentações para que o espírito possa evoluir, vencer a matéria e voltar ao Criador em sua glória. É através do corpo físico que o espírito se manifesta no mundo material e, pelo bom ou mau uso do seu livre arbítrio, que é a capacidade de exercer a vontade, o homem vai moldando o seu futuro.
É dito, popularmente, que o espírito se aprimora em cumprimento da Lei de Evolução, ou pela dor ou pelo amor. Em uma verdadeira Fraternidade como a nossa, a Ação Cristã Evolucionista, onde é administrado um Verdadeiro Processo de Evolução Ativa e Consciente, que nos leva a buscar o estudo, a compreensão e a prática dos Ensinamentos de Alta Hierarquia Moral e Espiritual e uma vida em conformidade com as Leis Eternas, no mais que nos seja possível, para que consigamos evoluir, conscientemente, pelo Amor. Outrossim, é bom lembrar que não é o sofrimento que redime o Ser Humano de suas faltas, mas, sim, a atitude que tomamos diante do sofrimento, até porque, em muitos casos, o sofrimento gera revolta e o que vamos constatar é que ocorre uma piora no estado de espírito, o que aumenta o nosso débito.
Por oportuno, registro o trecho de um comentário do professor Humberto Rohden a respeito do livro o Quinto Evangelho, atribuído ao apóstolo Tomé: “Esse homem clarividente vê no sofrimento um amigo, um anjo, vestido de luto, sim , mas com sorriso da redenção nos lábios e a esperança da imortalidade nos olhos”
É conveniente e muito recomendável que, diante de qualquer dificuldade, que se nos apresente, no transcurso de nossa vida terrena, façamos o máximo de esforço, que nos seja possível, a fim de compreender o porquê, a origem de tal dificuldade ou experiência, para que possamos também vislumbrar a melhor atitude a ser tomada, guardando sempre a serenidade e a atividade o que, por certo, nos manterá na Paz do Senhor. O Mestre Cristófilo Nageo nos ensina: “Os problemas devem ser recebidos como bons amigos, porque nos oferecem excelentes oportunidades para aprendermos as lições de que necessitamos, a fim de aproveitarmos devidamente a nossa passagem pela Terra”.
Extraído de:
Jornal Verologia
Edição XXXVIII Nº 473 e 474
Artigo referente a Maio e Junho 2012
