A Verdadeira Modéstia

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A Modéstia é uma grande, admirável e poderosa virtude, quando bem compreendida e praticada.

Mas, pode transformar-se em elemento prejudicial, quando mal compreendida e deturpada, deixando até de ser Modéstia para constituir-se em fator negativo, que anula ou destrói as possibilidades e as esperanças da pessoa que põe em prática essa deturpação. A Verdadeira Modéstia serve para conter os exageros da valorização pessoal, bem assim para evitar a espalhafatosa e ridícula autopropaganda resultante de tal superestimação. Mas, nunca inutiliza o aproveitamento das aptidões já adquiridas.

Vamos exemplificar, a fim de que se possa compreender melhor o que estamos dizendo: Se João ou Maria cultiva a Verdadeira Modéstia, utiliza sempre suas qualidades moraisespirituais, bem como seus conhecimentos intelectuais, profissionais ou tecnológicos para realizar qualquer empreendimento a que se proponha. Emprega, ao máximo, nesse empreendimento, sua eficiência, sem alarde, sem autopropaganda, sem jactância, sem vaidade, mas também sem nenhum constrangimento, sem o receio de que alguém pense ou diga que é um presunçoso ou uma presunçosa. Raramente, precisa falar de sua eficiência, porque ela fala por si mesma. E realiza, realmente, os maiores e melhores empreendimentos. Entretanto, se João ou Maria não soubesse e sentisse o que é a Verdadeira Modéstia, e vivesse com receio de que outras pessoas lhe fizessem essa crítica irreverente, dificilmente chegaria a utilizar suas qualidades e seus conhecimentos para efetuar suas realizações. E, desse maneira, ficaria na impossibilidade total de realizar qualquer empreendimento, por mais nobre e útil que fosse, sob a influência negativa desse medo injustificável.

A mesma anulação se daria no terreno espiritual,se João ou Maria não procurasse desenvolver, aperfeiçoar e utilizar os recursos psicológicos que Deus lhe ofertou desde o dia de seu nascimento, a fim de utilizá-los na realização de seu Processo Evolutivo e na solução de todos os seus problemas.

Quando o Criador concedeu às Criaturas Humanas Inteligência, Raciocínio, Discernimento, Sensibilidade, Consciência, Intuição e muitas outras prerrogativas espirituais, não foi para que lhes servissem de adorno ou de enfeite, e sim para que fizessem bom uso delas, tanto em sua Vida Espiritual como em sua Vida Material. O Pai Eterno quer que todos os seus filhos façam bom uso dessas prerrogativas para que alcancem os mais altos graus de Evolução Espiritual e sejam cada vez mais eficientes na solução de todos os seus problemas. O Pai Celestial não quer que os seus filhos se anulem e se destruam, subjugados pelo pensamento inferior de que são e serão eternamente limitados ou incapazes para tudo, até mesmo para aperfeiçoar-se espiritualmente, pois é aperfeiçoando-se que estarão cada vez mais perto do Foco da Suprema Perfeição que é Deus Todo-Poderoso!!!

É claro que jamais alguém será igual ao Onipotente, mas isso não impede que os Entes Humanos se aperfeiçoem cada vez mais, a fim de ficarem mais semelhantes a Deus, que os criou à sua imagem e semelhança. E o fato de alcançar altos graus de Evolução Espiritual não impede que os filhos do Pai Eterno, assim evoluídos, peçam auxílio, sempre que julguem necessário, àquele que está e estará SEMPRE muito acima de seus conhecimentos.

Aliás, os pedidos daqueles que atingem altos graus evolutivos são quase sempre atendidos por Deus, como um ato de INTEIRA JUSTIÇA, porque eles vivem incessantemente empenhados em compreender e cumprir as Leis Eternas e os Ensinamentos Redentores. E, também, porque eles só elevam suas súplicas a Deus depois de terem esgotados todos os seus recursos para a solução de seus problemas, demonstrando assim que não são comodistas nem preguiçosos, pois sabem dar o devido valor aos poderosos recursos espirituais que o Senhor do Universo lhes deu.

Amparando-se na Lei de Livre Arbítrio instituída por Deus, ninguém se deve deixar paralisar por essa espécie de modéstia que não é modéstia, e sim a destruição das altas prerrogativas que o Pai Eterno concedeu, precisamente,para serem utilizadas em atividades incessantes.

Nunca devemos proceder como aquele que, desejando destacar-se perante seus semelhantes como homem muito modesto, dizia a todos que era um “verme”. E de tanto dizer a todos que era um “verme”, acabou falando sozinho, porque todos fugiam de quem nada realizava, de quem se desmoralizava e se destruía a si mesmo, por ter resolvido convencer os outros, num excesso de falsa modéstia, que não passava de um “Verme”...

Prezado leitor: – Prezada leitora: –

Utilize a Verdadeira Modéstia, e você triunfará, definitivamente, em sua Vida Espiritual, e, como consequência natural e lógica, triunfará também em sua Vida Material, porque viverá em plena harmonia com as Leis Eternas que representam a Vontade Suprema do Onipotente, Onisciente e Onipresente!!!



 

Extraído de:

Jornal Verologia

Edição XXXIX Nº 487 e 488
Artigo referente a Julho e Agosto de 2013

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