A lealdade é uma das mais nobres e admiráveis manifestações morais e espirituais.
Despertando a mais resoluta confiança, age como um dos fatores básicos das relações humanas. E, principalmente, como construtora de boas e indestrutíveis amizades. Quanto mas uma pessoa evolui espiritualmente, tanto maior é o seu grau de lealdade para consigo mesma e no trato com seus semelhantes.
Antes de tudo e acima de tudo, o ente humano precisa habituar-se a ser leal a si próprio, vale dizer, ás suas convicções. Quem sabe ser leal a si próprio, também o será com seu semelhantes..
É natural que o ser humano goste de inovações e não queira permanecer eternamente na rotina, que produz monotonia, sobretudo no campo das investigações espirituais. Considerando essa tendência para as novidades, a Verologia tem um plano de renovações sucessivas, já através de muitas outras reuniões e atividades de alto valor construtivo.
Tendo em vista que o campo das convicções espirituais é o mais importante da vida humana – porque todas as atividades da criatura devem girar em torno desde ponto central – convém acrescentar algo mais, nesse sentido, algo mais que merece a maior atenção. Quando o ser humano escolheu sensatamente um caminho de evolução pscicologica, depois de haver meditado e raciocinado bastante para efetuar essa opção; quando adquiriu nele plena confiança e muita paz de espírito; quando os conhecimentos superiores ali ministrados continuam correspondendo a sua expectativa; quando ali encontrou verdadeiras amizades fraternas; quando nada justifique o abandono desse caminho – precisa manter-se fiel a ele.
Nessas condições, manterá sempre na lembrança as sabias e enérgicas advertências do mestre Jesus:
“Guardai-vos do fermento do fariseus, que é a hipocrisia”.
“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque fechais aos homens o reino dos Céus, pois nem entrais, nem deixais entrar os que estão entrando.”
Mediante as advertências que acabamos de transcrever, o sábio psicólogo alerta os entes humanos bem intencionados contra os sofistas e os ambustes da hipocrisia com que os fariseus de todos os tempos preparam suas ciladas.
Quem sabe manter-se firme no processo de evolução ativa e consciente, jamais se desorientado ante a circunstancias ou facilidades, por mais deslumbrantes que se apresentem, cultiva a lealdade a si mesmo, porque é leal ás suas próprias convicções e ao mais alto de todos os ideais. A lealdade é um poderoso fator de simpatia e confiança, porque revela a boa fé e boas intenções de seu portador. Todos se inclinam a confiar na pessoa que oferece repetidas provas de lealdade. Não existe melhor colaboradora do que a lealdade para a construção de sólidas amizades. Assim como a hipocrisia é testado de mau caráter, a lealdade é testado de bom caráter.
Na formação do bom caráter – do caráter que honra e distingue os homens de bem – deve ser cultivada incessantemente a lealdade. Quem cultiva a lealdade é portador de uma força moral e irresistível, que promove e facilita a consecução de sólidos triunfos. A deslealdade é um terreno de areis movediças em que o individuo nunca esta seguro e tranquilo.
A lealdade pode ser lenta na obtenção dos triunfos espirituais ou materiais, mas avança com passo firme até conseguir o que almeja. E quando o consegue, não o perde mais, pela razão muitos simples de o haver obtido por meios limpos e lícitos, com o aplauso da consciência. A fim de que o ente humano fortaleça esse virtude, que é um “abre-te cézamo” para penetrar no coração de seus semelhantes, nada melhor do que realizar um verdadeiro processo de evolução espiritual com o indicado pela Verologia.
Convém frisar que a lealdade só é completa e só inspira confiança quando se manifesta harmoniosamente: pelo pensamento, pela palavra e pela ação. Se essa trilogia não funcionar com exatidão, não haverá lealdade: será apenas uma criatura de lealdade. Com o fertilizante dos ensinamentos de alta hierarquia moral e espiritual – fornecido – pelo método verológico – a seiva humana se enriquece e se tonifica, estimulando o perfeito funcionamento daquela trilogia.
Bendita é, realmente, a dignidade e a nobreza de quem consegue ser leal a si mesmo e a seus semelhantes, tornando expressiva a sua passagem pelo mundo terreno, como feliz corolário de suas próprias realizações espirituais, transbordantes de sucessivos triunfos e de edificantes exemplos!
“Nada há que desperte mais simpatia e confiança do que a lealdade quando manifestada harmoniosamente: pelo pensamento, pela palavra e pela ação”.
Extraído de:
Jornal Verologia
Edição XXXIV Nº 429 e 430
Artigo referente a Setembro e Outubro de 2008