Muitos entes humanos põem em dúvida a vida espiritual porque, segundo alegam, não tiveram provas da existência e sobrevivência do espírito. E quantos buscam essas provas através de práticas fenomênicas, na esperança de que possam verificar, ao menos, a sobrevivência dos espíritos de seus parentes já desligados da vida material.
Mas, na verdade, ninguém precisa recorrer a esses fenômenos de resultado hipotético, para ter as provas da existência e sobrevivência do espírito.
A Verologia tem demonstrado, seguramente, que o ente humano pode ter essas provas através das manifestações de seu próprio espírito. Como? Desenvolvendo e aprimorando o maravilhoso organismo concernente à sua própria vida espiritual, ou seja, o seus sistema psicológico. Uma vez que o verólogo chega à conclusão definitiva de que Deus existe e que é eterno, tem de aceitar, inevitavelmente, que a partícula divina, existente nele, é imperecível. E, portanto, não pode extinguir-se com a decomposição do orgasmo físico.
Ninguém evolui espiritualmente fazendo exercícios físicos, nem estudos e práticas atinentes apenas à inteligência e à razão, em suas funções triviais, nos diversos ramos da vida estudantil, profissional, literária, artística, filosófica ou cientifica. Assim sendo, o fato de uma pessoa ser muito brilhante em alguma ou algumas dessas atividades (e até mesmo em todas elas) não quer dizer que tenha evoluído espiritualmente visto como, para alcançar a evolução espiritual – ativa e consciente – é imprescindível dedicar-se a um estudo e a uma prática de caráter especializado, para conseguir o desenvolvimento e o aprimoramento de todos os sete órgãos psicológicos.
“O que é nascido da carne, é carne, e o que é nascido do espírito, é espírito” – diz Jesus Cristo.
Tudo quanto está ligado unicamente à vida material, é matéria e está sujeito às contingências transitórias inerentes à matéria. E tudo quando esta ligado às virtudes e verdades espirituais, é espírito e tem o privilégio da vida eterna, inerente ao espírito.
Nos casos de sonambulismo, o sonâmbulo se levanta em pleno sono e caminha por vários lugares, alguns muito perigosos, como se estivesse acordado, sem cair e sem sofrer qualquer acidente. Não há dúvida de que o espírito do sonâmbulo é que dirige seu corpo adormecido. São os olhos espirituais (e não os corporais), evidentemente, os que orientam seu corpo durante o transe de sonambulismo.
Quando uma pessoa sonha que esteve em determinado lugar por ela desconhecido e, dias depois, indo ao cinema, vê na tela cinematográfica uma cidade em que tudo é igual aquela vista de um sono, isto demonstra, sem sombras de dúvida, que p espírito se deslocou, durante o sono, para aquela cidade.
Só pode ser o espírito, igualmente, o que mantém a vida corporal nos casos cataplexia (perda súbita dos sentidos); nos casos de síncope (desfalecimento em conseqüência da suspensão dos movimentos do coração); nos casos de catatonia (estado de estupefação mental, caracterizado por fixidez do olhar, tensão das articulações e depressão física); nos casos de narcolepsia (tendência irresistível para o sono, manifestada como sintoma de algumas enfermidades.)
Se o individuo fica inconsciente em todos esses casos, dando a impressão, por vezes, de estar morto, é o caso de perguntar: O que é que o mantém vivo e até o faz voltar a viver normalmente, após esses estados patológicos? Não pode ser outra força motriz senão a do espírito, que só determina a paralisação definitiva dele e volta ao mundo que lhe pertence, ou seja, à sua residência definitiva.
Meditaremos, portanto, e penetremos nesse mundo metafísico que pertence exclusivamente ao espírito. E, percebemos, então, que o espírito sendo, como é, de natureza extra física e incorpórea, possui vida eterna. Portanto, é muito mais importante do que a substancia material a transitória que estrutura o corpo.
Se você, leitor amigo, ainda pertence ao grupo dos que não se acham em condições de efetuar essas meditações espirituais, venha trabalhar conosco, a fim de penetrar profundamente nos mistérios da vida humana e da vida transcendental.
Extraído de:
Jornal Verologia
Edição XXIX Nº 367 e 368
Artigo referente a Julho e Agosto de 2003