Sem Fronteiras Basta um rápido olhar nas mídias disponíveis para reconhecer o caos no mundo atual. Além das nossas corruptas Fronteiras e mazelas econômico-sociais, vislumbramos territórios que, a princípio, parecem melhores que a nossa realidade, mas que padecem de males de outras naturezas, tão ou mais reveladores da miséria espiritual em que se encontra a Humanidade.

Assistimos multidões abandonando seus lares e seus países, muitas vezes se distanciando da família, para buscar melhores condições de vida em outras nações, deixando para trás a pátria que não oferece mais as mínimas chances de sobrevivência, por consequência de guerras, regimes políticos arbitrários ou economia falida. A aventura por outros países, porém, quase sempre não tem bons resultados. A travessia marítima, não raro, causa grande número de óbitos e a aceitação de refugiados já não é uma prática fluida, em vista da frequência e quantidade enorme em que ocorre. Nos são mostrados campos de refugiados pelo mundo afora, inclusive aqui em nosso país, onde pessoas se amontoam e recebem parcos suprimentos em kits de higiene, roupas e comida. Que mundo é esse? As Fronteiras nos definem e nos separam? Entendo que no dia em que a Humanidade tiver olhos espirituais e conseguir enxergar a cada um como filho de Deus, cairão as Fronteiras do egoísmo e da ganância que fazem os povos guerrearem e delimitarem os espaços políticos como as únicas áreas onde se pode encontrar um irmão. Pois não somos todos irmãos? Fácil falar, mas difícil pôr em prática, quando as linhas fronteiriças nos limitam empregos e aumentam impostos. Queremos refugiados tirando nossos empregos? Queremos muçulmanos que se tornarão terroristas como aconteceu em vários países da Europa? Questionamentos políticos que não se esgotam se não houver um olhar espiritual. O nosso olhar espiritual é capaz de ver num muçulmano, venezuelano, um sírio ou líbio como um igual. Mas (sempre tem um mas) por que ele pode ter os mesmos ou mais direitos do que eu, que sou um nacional? O Brasil é para brasileiros, os EUA para os americanos, a Grécia para os gregos... é isso? Somos, antes de tudo, e, acima de tudo, humanos. Recentemente, vi um pequeno filme circulando na internet que, a partir do DNA, se pode identificar a origem de cada pessoa. E, pasmem, não houve uma pessoa sequer que tenha sido identificada como 100% de um único lugar. Precisamos parar de criar ficções genéticas e enxergar a realidade, a Verdade Espiritual, que nos iguala a todos e desfaz as Fronteiras , as características físicas, a cor da pele, o idioma, os costumes. Tratar o outro como gostaria de ser tratado, não se extingue nas paredes da sua casa, mas abrange o Mundo. Não fazer julgamentos, perdoar, ser misericordioso, ter compaixão, e, sobretudo, AMAR, não pode conhecer Fronteiras. Os Mandamentos e Ensinamentos dos Grandes Mestres de Sabedoria Suprema precisam ser compreendidos e aplicados em nossa vida diária, mas também nortear nossos pensamentos, direcionados a todas as áreas do Conhecimento. Os pensamentos inferiores devem ser, constantemente, afastados e combatidos no nosso Órgão Mental para a defesa do nosso Processo Evolutivo. Não podemos evoluir espiritualmente se continuarmos alimentando pensamentos preconceituosos, separatistas e promocionais da desigualdade. Levará ainda um tempo para que governantes alcancem essa compreensão, mas esse dia chegará. O dia em que os homens se reconhecerão como iguais, irmãos, unidos apesar das Fronteiras, o dia em que as virtudes alcançarão a todos, sem exceção. O dia da Paz Mundial e de um novo tempo sobre a Terra.   Extraído de:Jornal Verologia Edição XLII Nº 516Artigo referente a Julho e Agosto de 2018