Segundo as observações verológicas, a origem da timidez está, quase sempre, nas deficiências psicológicas e nos pensamentos negativos que habitam o órgão mental. Esta afirmativa tem sido sobejamente comprovada através do desembaraço gradativo que os estudantes de Verologia, adquirem, por mais tímidos que sejam, quando realizam o processo de evolução ativa e consciente, sob a orientação segura do método verológico.
Uma pessoa que sempre alimentou pensamentos de inferioridade sobre suas próprias possibilidades; que sempre se julgou menos eficiente que as outras criaturas e incapacitada para fazer isto ou aquilo; que sempre recorreu a intermediários para a solução de seus problemas difíceis; que nunca se empenhou pessoalmente para vencer dificuldades e transpor obstáculos – tem que ser tímida forçosamente. Mas, uma vez despertadas suas forças latentes, mediante a realização do processo de aprimoramento mental e psicológico, essa pessoa vai encontrando, em si mesma, suas reais possibilidades. E, ao mesmo tempo, vai criando coragem para a aplicação dessas mesmas possibilidades.
Geralmente, a timidez isola sua vitima das demais criaturas, gerando a suposição de que, por força de tal deficiência, jamais será bem recebida na vida de relação. Se uma pessoa tímida se vê na contingencia de falar a outra pessoa que ocupe alta posição na sociedade ou em seu meio profissional, aí então é que se manifestam agudamente pelos transtornos causados pela timidez.
Ante o nervosismo que se apossa dessa vitima da timidez, quando na iminência de ter que se dirigir a alguma figura importante,acaba recorrendo a um int6ermediario para que fale em seu nome. Isso, ao invés de amenizar, só ferve para aumentar a timidez, pois aumenta o receio de enfrentar situações dessa natureza. Por isso mesmo, o preferível é que a pessoa tímida se disponha a enfrentar todas as situações para as quais se julgue incapacitada. Mais vale fracassar algumas vezes para triunfar algum dia, do que permanecer eternamente manietada. O aconselhável, no entanto, é adestrar- se antes, para evitar os amargurastes fracassos, ou reduzi-los ao mínimo. E nada melhor para esse adestramento do que efetuar os exercícios de “ concentração e agilização mental”, á luz do método verológico.
Tão necessário é vencer a timidez para triunfar, quando o é não sair da timidez para cair no extremo oposto. A excessiva audácia e a agressividade, em que muitos se precipitam na ânsia de fugir á timidez, são tanto ou mais prejudiciais do que a própria timidez. Daí, a conveniência de estabilizar-se na posição ideal: entre esses dois lamentáveis extremos. Em todas as circunstancias é imprescindível, sempre, encontrar o ponto de equilíbrio, que reside no meio termo.
O bom senso recomenda, ademais, não confundir a timidez com a prudência e a modéstia, que são admiráveis virtudes. Convém ter em vista, porem, que o excesso de prudência ou de modéstia pode transformar-se em timidez. Embora a Verologia proporcione a seus estudantes excelentes exercícios que ajudam a vencer a timidez, chega-se á conclusão de que só mesmo o equilíbrio psicológico, resultante da realização do processo de evolução ativa e consciente, é que pode promover o estado ideal para eliminar progressivamente todas as imperfeições (inclusive a timidez) e para cultivar todas as virtudes com segurança e sensatez.
Ninguém deve martirizar-se ou desesperar-se com sua timidez, pois isto só serve para aumentá-la. Essa exagerada e contraproducente preocupação precisa ser substituída pelo decidido empenho em compreender e realizar os ensinamentos dos grandes pensadores, sobretudo os ensinamentos dos grandes pensadores, sobretudo os ensinamentos dos mestres de sabedoria suprema. É absorvendo a seiva renovadora das orientações substancias que se consegue expulsar os pensamentos negativos geradores da timidez.
Os ensinamentos reformadores oferecidos pela Verologia – quando assimilados e vividos satisfatoriamente- tem resultado semelhante ao da torrente impetuosa de águas arrastando as folhas secas e os galhos de árvores que a ventania espalhadora pelo chão.
Batidas pela torrente de águas cristalinas dos ensinamentos renovadores, a timidez, a indecisão, o medo e todas as outras deficiências ou debilidades vão, pouco a pouco, desaparecendo. E o verológo raramente se apercebe disso, porque está empolgado pelos estudos e pelas realizações que a Verologia o leva a efetuar, estudos e realizações tão atraentes e tão agradáveis que não lhe dão tempo para continuar preocupando-se com essas deficiências ou debilidades.
Sidney Smith nos diz: “Muitos talentos se perdem por falta de um pouco de coragem. Todos os dias desce á cova muita gente a quem a timidez tolheu a iniciativa.”
Extraído de:
Jornal Verologia
Edição XXXV Nº 441 e 442
Artigo referente a Setembro e Outubro de 2009