Perdão

Imprimir


O perdão é uma das ultimas etapas que, na evolução espiritual, o ser humano pode realizar. Quando falo em uma da ultimas etapas, é porque, em minha compreensão atual, somente poderá compreender os benefícios do perdão o ser humano que já tenha galgado determinados degraus na espiral infinita do crescimento espiritual.

Uma coisa é ter ouvido falar nas vantagens de se perdoar os nossos semelhantes, outra coisa é possuir plena consciência de tal fato. E essa consciência só vai se formando no espírito humano quando esse se dedica, verdadeiramente, a um processo de evolução ativa e consciente. É em doses homeopáticas que o conhecimento das leis eternas e dos ensinamentos redentores vai produzindo transformações no espírito humano e levando-o a percorrer o sutil caminho existente desde a informação, o conhecimento, o sentimento e a sabedoria, que é o transbordar, em uma vivencia ética, todo o conhecimento superior adquirido.

Quando o mestre Jesus nos orienta que devemos amar o nosso semelhante; orar por aqueles que nos caluniam; perdoar não sete, mas tenta vezes sete; devemos meditar bastante sobre todos esse pontos para melhorar compreensão e para que nosso espírito alcance a essência de tais palavras.

Buda nos diz “A felicidade acompanhada aquele que age com bons pensamentos.” Se permitimos que os nossos pensamentos sejam contaminados pelo mal que alguém lance sobre nós, estaremos permitindo que o mal que os outros nos fazem também nos tornem maus. Assim, os pensamentos daí resultantes nos façam pessoas amargas e vingativas, com o nosso órgão mental contaminado por pensamentos inferiores.

O perdão beneficia o perdoa dor e não o perdoado, pois esse terá que prestar contas quendo ao erro cometido perante incorruptíveis leis eternas. Isso porque o perdoa dor, com seu órgão mental gerando somente pensamentos superiores, cria uma barreira magnética e protegê-lo das possíveis vibrações do ambiente. Ao permitir pensamentos superiores, com o propósito de augurar a melhora do seu estado mental, estará completando, realmente, uma atitude a denotar o seu progresso espiritual.

Outrossim, é bom que nos lembremos de que, na maioria das vezes. O mal que os inimigos nos fazem, acabam redundando, após algumas dificuldades ultrapassadas, em vitorias consagradas. Logo, em verdade, o que chamamos de inimigos, são o buril em que nossas deficiências vão sendo desbastada na caminhada em direção á luz. Perdoá-los, portanto, será uma forma de retribuir o bem que, muitas vezes, sem querer, os chamamos inimigos nos proporcionam.

Conclui-se que somos todos obreiros da mesma obra do pai celestial: os amigos, agindo com boa intenção; os inimigos, ainda que não tão bem intencionados, talvez sejam os que mais nos auxiliem a burilar as nossas imperfeições, pois eles as opõem em evidencia, sempre que podem. Daí, fica mais fácil compreender o perdão, o que torna mais possível mantermos o nosso órgão mental livre de pensamentos inferiores e sempre iluminado com pensamentos superiores a gerarem sentimentos e manifestações transcendentais que nos matem em harmonia e felizes.

 

 

Extraído de:

Jornal Verologia

Edição XXXV Nº 443 e 444
Artigo referente a Novembro e Dezembro de 2009

Tags: , , , ,